No tempo da Pureza por André L. Soares

Lembro dias marcados

pela leveza

dos cata-ventos,...

em que se empinavam pipas

e via-se o tempo passar

nas tardes mais lentas

tingidas de sol e de ócio,...

com olhos fixos

nos grãos coloridos

que, fecundados em espelhos,

geravam a beleza

– inédita e rápida –

no ventre do caleidoscópio.


A vida era pura,...

só se roubavam frutas

em pomares de amigos

e beijos fugazes

– no escuro, escondidos –,

na inocente malíciada ‘salada-mista’.


O Pai inda era vivo,

a Mãe não tinha rugas;...

nas ruas mais pobres,

pouco ou nada faltava;

o povo amigose reunia aos domingos

e as noites vaziasse enchiam de cantos

e de risadas frouxas.


(...)


As crianças danadas,

em meio às brincadeiras,

só conheciam um perigo:

cair na poeira

e ficar de castigo...

por sujarem as roupas.

Fonte: Blog Gritos Verticais

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